ESTUDO
BÍBLICO SOBRE SANTIFICAÇÃO
IGREJA BATISTA
DO CAMBUÍ - Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
INTRODUÇÃO
Para muitos, ser
santo é manifestar um espírito crítico sobre a vida alheia ou manter uma
atitude espiritual arrogante, depreciando os demais. Mas A santificação é
o processo que, principiando na regeneração, leva o homem à realização dos
propósitos de Deus para a sua vida e o habilita a progredir em busca da
perfeição moral e espiritual de Jesus Cristo, mediante a presença e o poder do
Espírito Santo que nele habita (Jo 17.17, 1Ts 4.3, 5.23 e 4.7).
OS TERMOS BÍBLICOS
Todo estudo
bíblico tem que mostrar o que a Bíblia diz sobre determinado assunto. Este caso
não é diferente. Comecemos pelo significado dos termos bíblicos. O Antigo
Testamento usa três termos que nos ajudarão a entender o assunto: qadosh (santo), qadash (santificar) e qodesh (santidade). Estes
termos aparecem quase 1000 vezes no Antigo Testamento, sendo que a maior parte
está no Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia). Qadash tem a idéia de “cortar”, “tirar de algum lugar”. Os usos
mais antigos, registrados em papiros, se ligam ao serviço dos operários
cortando blocos de pedra nas pedreiras. Por isto muitos definem santidade como
sendo “separação”. Mas ninguém corta bloco de pedras apenas para separá-los da
pedreira. Eles são cortados para terem uma utilidade. Esta compreensão de
apenas separar faria da santidade um conceito negativo, isolacionista. Mas se
seguirmos o significado da palavra veremos que santidade não é se isolar de
outras pessoas, mas estar em outra esfera de vida. O bloco de pedra não deixa
de ser bloco de pedra, mas está em outro lugar. Saiu de onde estava e tem um
propósito, agora. O próprio Deus declara que ele é santo (Lv 19.2). Isto não
significa que ele seja isolado. Ele é diferente, mas não isolado. Ele se envolve
com as pessoas. Sua santidade está relacionada com seu caráter e não com seu
isolamento ou solidão. Deus não é solitário, tanto que busca a companhia dos
homens. Assim como ele é santo, seu povo deve ser santo, mostra-nos o texto,
mas o povo não deveria se isolar e sim viver de maneira que se ajustasse ao
caráter de Deus.
A idéia de qadosh
aplicado a Deus é significativa. O conceito é dinâmico, e não passivo, como
se Deus tivesse que se separar para não ser contaminado por qualquer coisa. Dá
a idéia da transcendência (ser de outra esfera) de Deus. Mostra que há uma
distância entre ele e o homem pecador. Neste sentido, a santidade é a própria
divindade de Deus, o que o distingue de nossa humanidade. A santidade humana
pode ser contaminada, mas a divina é absoluta e por isso não pode ser contaminada.
Sua principal linha não é a preocupação de não ser contaminada e sim a de influenciar.
Por exemplo: Deus é santo e a terra onde ele habita é terra santa (Êx 3.5). O
monte Sião, onde ele habitava (Sião é um símbolo da igreja) é santo (Sl 99.9)
por causa dele. Tudo que promana de Deus é santo. A lei é santa (Rm 7.12). Tudo
que é dado ao Senhor passa a ser santo. A santidade passa a ser um dos
atributos mais enaltecidos de Deus. Não significa que ele seja algo de utilidade,
mas que ele é ativo, não apenas separado do mundo; que ele é distinto, acima
dos demais.
Quando o termo
santo é aplicado a Deus é neste sentido: ele é distinto dos demais, absolutamente
cortado do nosso ambiente moral, mas nunca isolado. Santidade não é um atributo
negativo, mas positivo. A começar pela santidade de Deus. Quando digo que ela
não é negativa mas positiva não é
apenas na
questão de não poder ser maculada pelo homem, mas que ela é a base da bondade
de Deus. O mal é uma impossibilidade moral e dinâmica em Deus por causa de sua
santidade absoluta.
Ele é a fonte
de todo bem. O texto de Tiago 1.17 expressa esta verdade muito bem. Deus é tão
santo que o mal não tem poder sobre ele.
O Novo Testamento emprega,
costumeiramente, entre outros termos, hágios
(santo) e hagiádzo (santificar)
como os termos mais comuns para a idéia mostrada no Antigo Testamento. A idéia
é de algo ligado à divindade, já sendo usado no grego comum para os deuses do
paganismo. A idéia é de respeito, solenidade, mas também o temor de alguma
maldição. Usava-se para algo acima da esfera humana. Ser santo é estar acima da
esfera do mundo. 1João 2.15-16 ilustra bem esta verdade. O filho de Deus não
deve viver no mundo (um sistema moral corrompido e dominado pelo Maligno, como
se lê em 1João 5.19). Assim vemos que os termos hebraico e grego apontam para
algo superior, incomum, acima do homem. Diferente dele, mas que pode vir até
ele.
AINDA SOBRE A SANTIDADE DE DEUS
Andemos mais um
pouco na questão da santidade vendo o caráter de Deus. É que o caráter de Deus
é a base para toda a discussão sobre santidade.
(1) Ele é
incomparável em sua santidade: Êxodo 15.11 e 1Samuel 2.2
(2) Ela é tão
grande nele, que faz parte de seu caráter: Salmo 22.3, Isaías 57.15 e João 17.11
(3) Ela se
mostra em suas palavras: Salmo 12.6
(4) Ela é
reconhecida por quem entra em comunhão com ele: Isaías 6.3-5
Mas pode se
perguntar: se estamos estudando santificação, por que estamos usando tempo para
falar sobre a santidade de Deus? Porque a santidade de Deus é a base para a
santificação dos fiéis: Levítico 11.44-45, 19.2 e 20.26. Estas passagens em
Levítico são importantes. Elas mostram o início do relacionamento de Deus com
Israel, depois que o tomou como seu povo. Aqui Iahweh mostra como seu povo deve
ser. Mas isto não se restringiu a Israel e à época do Antigo Testamento, porque
a mesma exigência é feita à Igreja: 1Pedro 1.16. Porque a Igreja substituiu
Israel e recebe, no Novo Testamento, os títulos que eram de Israel, inclusive o
de ser a nação santa: 1Pedro 2.9. Por isto tem a responsabilidade também de ser
santa. Vemos, então, que a santidade de Deus é a base para a santidade dos
fiéis, particularmente da Igreja. O povo de Deus deve ter o mesmo caráter moral
de Deus.
COMO ACONTECE A SANTIFICAÇÃO?
O Novo
Testamento descreve a santificação, primeiro, por um ângulo negativo, ou seja, romper
com o erro, fugindo do mal: 2Coríntios 6.14 a 7.1 e 1Tessalonicenses 4.3-7.
Isto não quer dizer que ser santo seja ser do contra. Muitas pessoas confundem
ser santo com ser emburrado ou ser uma pessoa sempre sisuda. Significa que
certas atitudes e determinados comportamentos não são compatíveis com o caráter
cristão. É que a conversão nos transporta de um nível de vida para outro, mudando
nosso interior e, consequentemente, nossas atitudes. Veja-se isto em Efésios
2.1-3. A santificação é o progresso na vida cristã. É seguir na caminhada com
Cristo. Após o rompimento com o erro e com o pecado, o fiel deve entender e
buscar a santificação pelo seu ângulo positivo. Deve ele nutrir a compreensão
de que ela é a vontade de Deus para sua vida (1Ts 4.3). Não é uma opção, mas é
o propósito divino para cada um de nós. Ser cristão é estar em Cristo e estar em
Cristo é ter uma qualidade de vida diferente (2Co 5.17). Depois do aspecto negativo,
vem o positivo. Em Efésios 5.1-18 temos uma boa descrição disto que está sendo
dito. Ser santo é buscar o caráter de Deus, é procurar ser como ele (v. 1), é
não ter mais em sua vida os resquícios do passado (vv. 3-8). O fiel, agora,
anda na luz, e deve produzir o fruto da luz: bondade, justiça e verdade (v. 9).
Deve encher –se do Espírito e não de vinho (v. 18). Esta palavra de Paulo é bem
significativa e deve ser entendida no contexto cultural da época. A embriaguez
era uma constante nos tempos antigos (ainda é comum hoje). Estar embriagado
significa que a pessoa está controlada pelo álcool. Mas quem deve controlar o
fiel que busca santidade é o Espírito Santo e não o álcool. A frase final do
versículo 18 é o clímax da argumentação: ser santo é ser controlado pelo Espírito.
É óbvio que esta busca de santificação não deixará de trazer muitas lutas para
o fiel. Se o Maligno não conseguiu impedir sua conversão, tentará impedir sua
santificação. Um membro de Igreja que tenha uma vida mundanizada é uma vitória
do Maligno. E uma derrota para o reino de Deus. A maior parte do tempo de um pastor é gasta com crentes mundanos, com
problemas de mundanismo na Igreja, mais do que com busca de alimentação
espiritual ao rebanho. Crentes mundanos ocupam a maior parte dos esforços
da Igreja. Além de requererem visitação, aconselhamento e trato com luvas de
pelica (como são melindrosos os crentes mundanos!), dão mau testemunho e
contaminam os demais. São uma lástima!
Como superar
esta luta e estas dificuldades? Mais uma vez vamos a Efésios. Em 6.10-18 temos
uma excelente exortação. Para esta batalha espiritual, precisamos nos armar.
Não com espada ou com um fuzil AR-15. A verdade e a justiça protegem o peito
(v. 14), os pés têm no evangelho um excelente par de botas (v. 15), a fé
protege das armas do Maligno (v. 16), a certeza da salvação e de que somos
filhos de Deus protege nossa cabeça, que simboliza a nossa mente (v. 17a) e
para atacar, temos a Palavra de Deus que deve ser internalizada na vida (v.
17b). Lembremos que foi a Palavra de Deus que Jesus utilizou para resistir a
Satanás e fazê-lo retirar-se dele (Mt 4.4, 7 e 10). É a Palavra de Deus
internalizada na vida, assumida como fonte de vida, que nos ajuda a vencer Satanás
e caminhar na direção da vontade de Deus, que é nossa santificação. Veja os
textos de 1Samuel 15.22, Salmo 119.9, 11 e João 17.17. É a exposição da Palavra
de Deus que dá entendimento: Salmo 119.130. Este entendimento é espiritual, não
acúmulo de informações ou de experiências. Ele nos ajuda na luta contra
Satanás: 1Pedro 5.8-9 e Tiago 4.7. Observe neste último texto que há duas orientações
para nós. A primeira é submeter-se a Deus, e a segunda é resistir ao Diabo. Toda
luta espiritual sem uma submissão a Deus será frustrada. Seremos derrotados. Santificação
é, também, luta contra o pecado, que só pode ser bem sucedida se antecedida por
uma submissão a Deus.
MAS, O QUE FAZER COM A SANTIFICAÇÃO?
Não conseguindo
impedir a conversão da pessoa, Satanás tenta impedir sua santificação. Não conseguindo
impedir sua santificação, tenta impedir sua utilização prática. Impressiona ver
algumas pessoas que alegam ter passado por uma experiência com Deus e se tornam
insuportáveis no relacionamento com os demais. As pessoas mais difíceis de se
lidar, numa Igreja, não são os mundanos. São os santos aos seus próprios olhos,
aqueles que se vêem como superiores aos demais, do ponto de vista espiritual, e
se tornam críticas da vida alheia, e não raro, fofoqueiros de plantão. Santidade
não deve ser confundida com soberba espiritual. Se o conceito de qodesh é
ser cortado para ter alguma utilidade, qual é a utilidade da santidade, em
termos práticos, na vida do crente e de sua Igreja? Cortava-se um bloco para
construir alguma coisa. Uma casa, um
palácio, um templo. O santo, o qadosh, é alguém separado para construir,
e não para destruir. Sua vida deve ser positiva, no relacionamento com os
demais. A santificação leva o crente a ser um instrumento para o serviço do
Senhor (2Tm 2.21). Ela nunca é uma finalidade para o crente, mas um meio de se
preparar para o serviço de Deus. No Antigo Testamento, todos os objetos do
culto eram santificados ao Senhor para poderem ser usados. A santificação é
para se ser usado por Deus. É triste ver alguém fazendo a obra de Deus no poder
da carne. O resultado sempre é frustrante. A derrota é inevitável. A santidade
é necessária para o desempenho do serviço cristão. Quando Paulo diz que Cristo
vive nele (Gl 2.20) está nos dando o maior exemplo do que é santificação.
Santificação é cada vez mais Cristo em nós e cada vez menos nós em nós mesmos. Quanto
mais de Deus houver na nossa vida, quanto mais de Cristo, mais santos seremos.
Por isso, a santificação pode ser definida como “cristificação”. Veja como
Paulo definiu bem isto em 1Coríntios 11.1.
O PAPEL DE DEUS E O NOSSO PAPEL NA SANTIFICAÇÃO
A Bíblia ensina
que é Deus quem nos santifica (1Ts 5.23). Para isto, ele se vale do processo de
nos educar como filhos (Hb 12.5-11). Desejar a santificação e tê-la em nossa
vida é obra de Deus (Fp 2.13). Assim ele nos aperfeiçoa cada dia, para fazermos
sua vontade e lhe sermos agradáveis (Hb 13.20-21). Esta é a vontade e a obra do
Pai. O Filho conquistou a santificação para nós. É isto que Paulo diz em
1Coríntios 1.30. No processo de santificação, ele é o alvo para o qual devemos
caminhar (Hb 12.2). Aqui temos, novamente, o conceito de cristificação. Ser
santo significa caminhar sempre na direção de Cristo. Ele é nosso modelo (1Pe
2.21). Ser santo é procurar viver como ele viveu: 1João 2.6. O Espírito atua em
nós para nos transformar e modificar, cada dia. A santificação é obra do Espírito
Santo em nós (1Pe 1.12, 2Ts 2.13). É o Espírito quem produz em nós o seu fruto
(Gl 5.22), que melhor evidencia nossa santificação. Ser santificado é deixar-se
guiar pelo Espírito e andar nele (Gl 5.16-18 e Rm 8.14). Mas nós temos parte na
santificação. Não somos passivos. Nossa parte começa com o fato de que devemos
oferecer-nos a Deus para que ela aconteça (Rm 6.13 e 19). O texto de Romanos 12.1-2
vem corroborar isto, lembrando que “corpos” é o grego sôma, que é mais
que o corpo físico, designando toda a personalidade da pessoa. A santificação
significa dar toda a nossa personalidade a Deus: pensamentos, bens, talentos,
jeito de ser, a vida, enfim. Quando deixamos o Espírito agir em nossa vida e
mortificamos as obras do corpo, então temos a vida abundante (Rm 8.13). Neste sentido,
a santificação é a parte da salvação que nós desenvolvemos (Fp 2.12-13).
COMO ALCANÇAR A SANTIFICAÇÃO?
Se falhou em
impedir a conversão do fiel, se falhou em impedir sua santificação, Satanás tentará
impedi-lo de seguir o caminho certo e lhe mostrará atalhos pelos quais
enveredar. Há hoje uma oferta incrível de atalhos: liturgia barulhenta, novos
modelos de igreja, doutrinas novas, etc. Mas há algo que deve ser dito: não há
atalhos para a santificação. O caminho correto passa pelas seguintes atitudes: (1)
A vontade, colocada pelo Espírito Santo, na medida em que nos entregamos mais e
mais a Deus, como já se comentou anteriormente. É preciso querer. Ninguém é
salvo contra sua vontade. Da mesma forma, ninguém é santificado contra sua
vontade. (2) A leitura da Bíblia e a meditação em seu ensino, não a mera
leitura, como quem lê um romance. Não se preocupe em ler a Bíblia toda em um
ano. Preocupe-se em ler todos os dias, e aplicar cada dia o que leu. Você não
pode comer por um ano e parar. Precisa comer cada dia. Alimente-se
espiritualmente da Palavra, todos os dias, medite nela todos os dias,
aproprie-se dela todos os dias. Veja os textos de Salmo 1.2, Mateus 4.4 e João
17.17. A Bíblia é a Palavra de Deus e ninguém pode descobrir a vontade de Deus
sem lê-la com
fome, e aplicá-la na sua vida. (3) A oração é indispensável ao crescimento
espiritual e à santificação. Veja Efésios 6.18 e Filipenses 4.6-7. Na leitura
da Bíblia, Deus fala conosco e através da oração podemos abrir o coração com
Deus e falar com ele. A oração é a janela da nossa alma que se abre para Deus. (4)
A adoração a Deus, no culto público, é indispensável. Veja e reflita bem sobre
Efésios 5.18-21. A atitude de adoração ali prescrita implica em relacionamento
com os demais. Participar dos cultos é um elemento poderoso na santificação. É
como a história do carvão e da brasa. Tire uma brasa da fogueira e ela se
apagará, virará um carvão. Ponha um carvão junto às brasas e ele se acenderá. Um dos primeiros sintomas de frieza espiritual
e de queda no relacionamento com Deus é a fuga dos cultos. Poucas desculpas
são mais descoradas do que aquela de “estou sem ir à Igreja, mas mantenho minha
relação com Deus no mesmo nível”. Só se for no nível baixo de sempre. A Bíblia nos
exorta a não deixarmos de participar dos cultos: Hebreus 10.19-25. Preste
atenção que entrar na presença de Deus leva a pessoa a considerar os irmãos e
dar e receber admoestação deles, sem deixar as reuniões de culto. (5) O
testemunho nos ajuda a fortalecer a fé. Quando Jesus nos exortou a
testemunharmos (Mt 28.19-20) não foi apenas para que as pessoas se
convertessem. Testemunhar é o exercício da fé. Se a Palavra, a oração e o culto
nos alimentam, o testemunho nos faz exercitar-nos. Evita a má saúde. Quem só
come e não se exercita pode ter problemas. (6) A autodisciplina ou o domínio de
si mesmo é algo indispensável na busca da santidade. É mortificar-se cada vez
mais e procurar ser como Cristo. Leiamos Gálatas 5.23-24 e Tito 1.8 (na palavra
“temperante”). Este último versículo alude às virtudes do bispo, mas deve-se
notar que, no Novo Testamento, o que se pede da liderança é o que se pede de
todos os crentes, pois não há um clero e um laicato. Todos somos iguais diante
de Deus, no Novo Testamento. (7) O
companheirismo cristão é um outro elemento muito forte. Veja 1Tessalonicenses 5.12-23.
Alguém disse que “a Igreja é o único exército que atira em seus próprios soldados”.
É verdade! Como os crentes falam mal uns dos outros! Como se criticam! A mutualidade
é um elemento muito forte no processo de santificação. Faz com que aprendamos
de nossos irmãos e faz com que nos exercitemos. Somos fortalecidos na fé pelo
companheirismo. Veja o porquê do desejo de Paulo em conhecer os crentes de Roma:
Romanos 1.11-12.
CONCLUSÃO
Santificação
não é exotismo, nem barulho, nem ser contra tudo e contra todos. É antes uma atitude
espiritual positiva. É um desejo inabalável de querer ser do Senhor e agradá-lo
em tudo, na vida. Para isto é preciso deixar certas atitudes, incompatíveis com
a natureza de um filho de Deus, e assumir outras, que evidenciam nossa filiação
espiritual. Isto requer, da parte do crente, vontade e submissão a Deus. Da
parte de Deus, esta é sua vontade para nós, e ele age em nós, na medida em que
permitimos que isso aconteça. Não é algo sacrificial, no sentido de nos tornar
infelizes. Se for custoso e duro, será por termos que deixar atitudes às quais
nos acostumamos, mas das quais podemos nos livrar. Santificando-nos, estaremos
no centro da vontade de Deus para nossa vida. Estando no centro da vontade de
Deus, nunca estaremos infelizes ou frustrados. Terminemos nosso estudo com
1Tessalonicenses 4.3-7: “A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se
da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira
santa e honrosa, não dominado pela paixão de desejos desenfreados, como os pagãos
que desconhecem a Deus. Neste assunto, ninguém prejudique seu irmão nem dele se
aproveite. O Senhor castigará todas essas práticas, como já lhes dissemos e
asseguramos. Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade”.